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Publicado em 28/03/12 - Atualizado em 29/03/12


Comunidades tradicionais do Estado ganham voz

Pela primeira vez no Espírito Santo, representantes de diferentes comunidades se encontraram para discutir seus direitos.

Cerca de 249 representantes de quilombolas, indígenas, ciganos, pomeranos e pescadores se reuniram em busca dos direitos culturais comuns de cada comunidade, durante o 1º Encontro de Povos e Comunidades Tradicionais do Espírito Santo, realizado nos dias 23, 24 e 25 de março, no SESC de Aracruz.

“Pela primeira vez o Estado consegue reunir ciganos, pomeranos, indígenas, povos de terreiro, pescadores e quilombolas. É uma noite ímpar de oportunidade para aprender e discutir a diversidade cultural dos povos de comunidades tradicionais do Espírito Santo”, disse a subsecretária de Patrimônio Cultural, Joelma Consuelo Fonseca e Silva.

Realizado pela Secretaria de Cultura do Estado (Secult) em parceria com o Instituto Sincades, o objetivo foi contribuir para o reconhecimento e o empoderamento das comunidades tradicionais e instituir o diálogo entre o governo e os grupos tradicionais. Uma “Carta de Intenções” foi produzida, durante os três dias, com indicativos das principais necessidades das comunidades que será entregue às diversas secretarias de governo.

“A importância desse evento é o aproveitamento que o Estado vai ter baseado nas nossas palavras. Esperamos que o evento não fique só no papel”, disse o representante dos índios Guarani, Werá Kwayay.

A proposta do encontro está ajustada às recomendações e ações previstas no documento oficial, Lei Complementar nº 391/2007: o Art. 1º que prevê que faz parte do âmbito de ação da Secretaria Estadual de Cultura: “proteger e preservar as expressões culturais populares, indígenas, afro-brasileiras e de outras etnias ou grupos participantes do processo cultural” e “preservar as manifestações culturais tradicionais”.

“Esperamos buscar nossos direitos e que as palavras sejam concretizadas, nossa religião é muito discriminada”, indicou Pai Geová Obalwaye, representante da comunidade povos de terreiro de Vitória.

O encontro também serviu como palco de atividades culturais paralelas à programação principal e que representassem as tradições de cada comunidade. Na sexta (23), depois da abertura aconteceu a apresentação do coral Guarani. No domingo (25), uma puxada de rede e danças ciganas e afro fecharam o evento.



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