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Publicado em 11/08/11 - Atualizado em 14/12/11


Maes abre exposição fotográfica “O Louvre e seus visitantes”

Em mais uma parceria da Secult com o Instituto Sincades, o Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (Maes) abriu a exposição “O Louvre e seus visitantes”, que reúne trabalhos do grande nome da fotografia brasileira Alécio de Andrade (Rio de Janeiro 1938 – Paris 2003). A entrada é franca e vai até o dia 22 de janeiro.

A exposição apresenta 85 fotografias doadas ao Instituto Moreira Salles pela família de Alécio de Andrade, feitas enquanto ele percorria as salas do Museu do Louvre, em um período de quase 39 anos, a partir de 1964.

Desses passeios, Alécio deixou 12 mil imagens. Cada flagrante lembra uma cena teatral que assistiríamos por cima dos ombros do artista, tendo os visitantes como atores. Uma visão poética, onde o senso de humor se une a um certo carinho peculiar, revela a apropriação dos espaços do museu pelo público e as relações, às vezes insólitas, que se estabelecem entre alguns dos espectadores e as obras de arte.

Evitando seguir cronologias ou apresentar um mero apanhado das transformações sofridas pelo Louvre ao longo desses anos, a exposição imagina várias etapas de uma visita à maneira de um roteiro de cinema.

“O Louvre e seus visitantes” foi apresentada pela primeira vez, no Ano da França no Brasil, em 2009, pelo Instituto Moreira Salles, em São Paulo. Em seguida, o IMS levou a exposição em viagem pelo Brasil, começando pelo Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. A parada seguinte, ainda no mesmo ano, foi a sede do Instituto Moreira Salles, sediado em Poços de Caldas.

Em seguida, uma exposição reunindo um segundo jogo de tiragens das mesmas fotografias foi inaugurada pelo Museu Frissiras, em Atenas, por ocasião da “Noite Europeia dos Museus”, em 2010. No momento, essa mostra está em cartaz na Casa da América, em Madrid, no âmbito do PhotoEspaña. Assim, a mostra estará simultaneamente aberta em Madrid quando for inaugurada em Vitória.

 

Sobre Alécio de Andrade

Além de fotógrafo, Alécio de Andrade era também poeta, pianista e amigo de escritores e músicos do mundo todo. Seus primeiros poemas foram premiados na "Primeira Semana de Arte Contemporânea da Universidade Católica do Rio de Janeiro”, que teve como jurados membros como Vinícius de Moraes e Cecília Meireles. Carlos Drummond de Andrade – com quem Alécio mantinha uma relação de amizade – escreveu que “sua criação constitui um poderoso, delicado e inesquecível comentário lírico do mundo”.

 

O trabalho de Alécio foi fortemente influenciado pelos fotógrafos Henri Cartier-Bresson e Robert Doisneau e entre 1970 e 1976 foi membro associado da Magnum-Photos, uma das mais conceituadas agências de fotojornalismo do mundo.

 

A “simplicidade” da maioria dos seus retratos produz no espectador a impressão de uma familiaridade que já era suscitada por suas fotografias da infância, onde a espontaneidade efêmera e furtiva dos gestos e dos olhares nos mergulhava no real.

 

A humanidade insuflada pelo olhar de Alécio comove porque ele consegue eliminar a distância, evocar a fragilidade, provocar o riso. Permite que as imagens adquiram uma vida independente de qualquer estratégia.



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